A edição deste ano do Festival Intercéltico de Sendim (FIS), em Miranda do Douro, a decorrer de 4 a 5 de agosto, aposta numa programação que expresse a realidade multicultural e intercultural da atualidade, conjugando tradição com expressões contemporâneas.
“Pretendemos colocar as músicas tradicionais ou de raiz em diálogo interativo com os sons do mundo e os estilos ou géneros da modernidade, refletindo deste modo a realidade multicultural e intercultural em que vivemos no mundo de hoje”.
Mário Correia, diretor do FIS
A 22ª edição do FIS vai privilegiar as relações de proximidade cultural com as terras e as gentes leonesas e castelhanas, de Espanha, com as quais a Terra de Miranda tem um fundo histórico comum com longos séculos de partilha, devido à localização geográfica junto à fronteira.
Das vizinhas terras salmantinas marcarão presença a 4 de agosto os cinco músicos de Folk On Crest. É um grupo de música folk cujo objetivo é aproximar o mais genuíno repertório tradicional castelhano ao termo comercial “celta”.
La villa de Sendim, en el concejo de Miranda do Douro, mira de frente al vecino Fermoselle. En 2023, celebra la 22 edición de su Festival Intercéltico, que dirige y produce el investigador y musicólogo Mario Correia.
Da província espanhola de León marcarão presença os Sog (5 de agosto), uma formação consagrada à música de raiz, embora os seus membros fossem provenientes de diferentes estilos musicais. O estilo musical do grupo foi amadurecendo e hoje afirmam-se como seguidores do folk céltico em diálogo permanente com o jazz, o rock e o reggae, plasmado sobretudo em composições próprias nas quais nunca deixam de estar bem presentes os ingredientes da música tradicional.
Ao longo dos dois dias de duração do FIS atuarão igualmente Tom Hamilton (Inglaterra), Andrea Callad (País de Gales), os portugueses Manuel Guimarães e Vítor Rua, Lugh Celta de Aragón (Espanha), Recanto e Trouxa Mouxa, ambos de Portugal, e os polacos Beltaine.