Em torno do rio Douro, o curso de água que une e liga Portugal e Espanha, tem vindo a desenvolver-se ao longo do tempo uma inegável riqueza ecológica e paisagística. Manter essa diversidade de ecossistemas é essencial para garantir a sustentabilidade do território e, para o conseguir, é necessário conhecê-la em primeira mão, estudá-la e analisá-la. Este é o objetivo do projeto OET Durius
Decorreu no 24 de julho, em S. João da Pesqueira, um encontro inserido neste projeto transfronteiriço, para refletir sobre possíveis novas rotas em torno do Douro e estudar como melhorar a conectividade das já existentes.
A sessão contou com cerca de 30 participantes, na sua maioria técnicos, representantes de entidades locais ou profissionais dos setores do turismo, hotelaria ou natureza. Os coordenadores de OET Durius explicaram o objetivo deste projeto europeu, que se estenderá até 2026: a criação dum Observatório Ecológico Transfronteiriço em torno do Douro.
As intervenções focaram na conectividade ecológica e nas infraestruturas verdes existentes no território do Douro. Para potenciar a Rota do Douro, as intervenções deram lugar a uma dinâmica participativa, na qual se refletiu sobre as novas rotas que podem surgir do GR 14 Caminho Natural Senda del Duero e o valor acrescentado que uma infraestrutura verde adequada pode proporcionar.
OET Durius, um projeto Interreg
OET Durius («Innovación tecnológica, social y en gobernanza para mejorar la prevención y acelerar la recuperación de los ecosistemas y paisajes afectados por incendios») es un proyecto aprobado por la Unión Europea en el marco del Programa Interreg España-Portugal (POCTEP) 2021-2027, por un importe superior a los 1,6 millones de euros.
OET Durius incluye actuaciones en el corredor Duero-Douro (Valladolid, Zamora, Salamanca, Trás-os-Montes, Vila Real, Braganza y Alto Douro Vinhateiro), un corredor prioritario para la biodiversidad en la península ibérica que requiere de acciones de restauración ecológica para eliminar numerosos cuellos de botella y puntos críticos que comprometen su funcionalidad como conector entre espacios de Red Natura.
Además de tareas de investigación, el proyecto contempla contempla pequeñas actuaciones de renaturalización, orientadas a la recuperación de elementos importantes para la conservación de los paisajes culturales y la biodiversidad. El objetivo final del proyecto es crear un Observatorio Ecológico Transfronterizo (OET) del Corredor Duero-Douro como infraestructura verde.
La información recopilada por OET Durius se vuelca en una plataforma digital (un observatorio ecológico) de fácil acceso, que permite la consulta, la interacción y la actualización de datos, centrados en analizar los ecosistemas del río (especies, zonas con mayor/mejor biodiversidad, …) y cómo afectan las actividades e infraestructuras humanas a la conectividad del territorio.
En el proyecto, participan entidades de Castilla y León: Fundación Santa María la Real (que lidera el proyecto), Asociación Ibérica de Municipios Ribereños del Duero (AIMRD), el clúster Hábitat Eficiente AEICE, la Universidad de Salamanca (Vicerrectorado de Investigación y Transferencia) y Ayuntamiento de Zamora. Junto a éstas, ellos otras tres entidades portuguesas: Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural; Comunidade intermunicipal do Douro (CIM Douro) y Comunidade intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM).
CON INFORMACIÓN DE www.vivadouro.org
IMAGEN: Câmara Municipal de S. João de Pesqueira (FOTO: Facebook)