Segundo o Relatório da Emigração 2021, cerca de 60 mil portugueses emigraram em 2021, mais 15 mil que no ano anterior, numa “recuperação assinalável” de saídas, após quebra brutal em 2020, ano em que se registou o número de saídas mais baixo em 20 anos, em parte devido ao impacto da pandemia de Covid-19 na circulação de pessoas.
O Reino Unido está a retomar a posição de principal destino (muitos dos portugueses que ai vivem candidatam-se a nacionalidade britânica). Espanha ficou em segundo lugar tendo registado 8 mil novos emigrantes vindos de Portugal. Registou-se assim um aumento após a queda acentuada que houve na emigração portuguesa para o país vizinho durante o ano de 2019. As regiões fronteiriças e as comunidades de Madrid e da Catalunha são alguns dos locais favoritos para os portugueses viverem. Estas pessoas acabam por atravessar a fronteira procurando melhores oportunidades de emprego e condições de vida.
O Relatório da Emigração é uma iniciativa da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e baseia-se nos dados recolhidos pelo Observatório da Emigração.
De acordo com o Relatório da Emigração 2021, Portugal é o país europeu com mais emigrantes proporcionalmente á população residente. 22% dos portugueses vivem fora do território nacional, sendo o oitavo país do mundo com mais emigrantes. França é o país europeu com o maior número de residentes nascidos em Portugal, neste caso, 598 mil pessoas. O valor das remessas que estes emigrantes enviaram durante o ano de 2021 representam 1,7% do PIB português.
Dos 23 países que registaram um maior número de entradas de cidadãos vindos de Portugal, metade eram europeus. Angola é o único país não europeu a aparecer no top dos mais procurados (está em nono lugar).
CON INFORMAÇÕES DE www.observador.pt
