A Linha do Douro como Património Mundial classificado pela Unesco. O desafio foi lançado pela Associação Vale d’Ouro, que pretende valorizar o percurso sobre carris construído no final do século XIX e que acompanha grande parte do rio Douro. A classificação poderá reforçar o papel desta infraestrutura na região e atrair ainda mais visitantes, numa altura em que sobem de tom as críticas à falta de investimento nesta linha ferroviária.
A proposta foi lançada no debate dedicado à ferrovia, organizado pela Liga dos Amigos do Douro Património Mundial. Na Europa, há apenas duas linhas de comboios com esta distinção da Unesco, ambas montanhosas: a Semmering Bahn (Áustria) e a Ferrovia Rética (Suíça), onde foi fixado o recorde mundial de maior comboio de passageiros.
O Douro é uma obra de arte única à escala das outras linhas património mundial: do lado português tem 24 túneis e 40 pontes, e do lado espanhol tem 20 túneis e 13 pontes. É uma linha que integra um vasto conjunto de obras de arte, inseridas numa paisagem difícil.
A proposta passa por classificar mais de 300 quilómetros de via férrea: além do lado português e espanhol da Linha do Douro (Ermesinde-La Fuente de San Esteban), também se pretende incluir o percurso entre a estação de São Bento (Porto) e Ermesinde. Desta forma, a ligação sobre carris pode unir quatro patrimónios mundiais da Unesco: o centro histórico do Porto, o Douro Vinhateiro, as Gravuras do Côa e a cidade antiga de Salamanca.
COM INFORMAÇÃO DO sapo.pt
IMAGEM: infraestruturasdeportugal.pt