O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga, pela primeira vez no PORDATA (Portal de Estatísticas Oficiais), informação estatística para a caracterização das cidades portuguesas com base nos resultados definitivos dos Censos 2011.
Nas 159 cidades portuguesas residiam 4,5 milhões de indivíduos, o que correspondia a 42% da população residente em Portugal. A maioria das cidades situava-se nas regiões Norte (54 cidades) e Centro (43), seguindo-se o Alentejo (21 cidades), a região de Lisboa (17), o Algarve (11) e finalmente as regiões insulares: 7 cidades na Região Autónoma da Madeira e 6 cidades na Região Autónoma dos Açores.
Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Amadora, Braga, Funchal e Coimbra, as sete cidades com mais de 100 mil habitantes, concentravam 14% da população total do país.
A representação cartográfica da população residente nas cidades portuguesas evidencia o desequilíbrio da sua distribuição no território nacional e a assimetria em termos de dimensão.
De facto, cerca de metade da população residente em cidades estava concentrada em 17 cidades (10% do total de cidades) com mais de 50 mil habitantes, sendo que destas, sete tinham mais de 100 mil habitantes (Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Amadora, Braga, Funchal e Coimbra) e concentravam mais de um terço da totalidade da população residente em cidades e 14% da população residente em Portugal.
A Lei n.º 11/82 de 2 de junho estabelece que, em Portugal, a elevação dos lugares e vilas à categoria de cidade é da responsabilidade da Assembleia da República.
Sobressai no sistema de cidades portuguesas, a importância do número de cidades de dimensão inferior a 20 mil habitantes (representavam 65% do total de cidades) por oposição à fraca expressão em termos de efetivo populacional: concentravam apenas 21% do conjunto da população que residia em cidades.
A análise da representação das cidades portuguesas salienta ainda a tendência de concentração da população nos territórios metropolitanos. Assim, as imagens de pormenor mostram a existência de outras cidades de grande dimensão para além de Lisboa e do Porto e que resultam do processo de suburbanização centrado nestas duas cidades.
IMAGEM: Guimarães. (FOTO: Inforegio)