Os Instituto Nacional de Estatística de Portugal e Instituto Nacional de Estadística de España apresentam a 20.ª edição da publicação “Península Ibérica em números / La Península
Ibérica en cifras”, que resulta de uma cooperação iniciada há duas décadas.
O objetivo desta publicação é oferecer uma síntese dos indicadores mais relevantes de ambos os países, agrupados em 14 temas, permitindo a sua comparação, e assim divulgar e promover a utilização das estatísticas oficiais.
Consulte aquí a publicação “Península Ibérica em números / Península Ibérica en cifras” (2023)
A principal fonte de informação é o Eurostat, permitindo assim que uma grande parte dos indicadores
incluídos possibilitem uma análise do posicionamento dos dois países no contexto da União Europeia.
Trata-se de uma edição trilingue – português, espanhol e inglês –, com o objetivo de alargar o seu âmbito de utilização. A informação é apresentada com recurso a quadros, gráficos e mapas. Em múltiplos casos, a informação é apresentada com detalhe a nível regional.
A produção de calçado em PIN2023
Na última década, a produção de calçado em Portugal aumentou 14,4% (de 74 para 85 milhões de pares), em contraste com recuo de 14% da indústria espanhola. Portugal ultrapassou Espanha e foi 2.º maior produtor europeu de calçado em 2022. Melhor só Itália. Os três países, em conjunto, são responsáveis por praticamente 70% da produção europeia de calçado.
Abafada pelos preços baixos de fabricantes como os chineses, inferiores a 3 euros em 2011, a indústria portuguesa de calçado decidiu apostar no início do século XXI na comercialização internacional da sua produção.
Os mercados internacionais absorvem 95% da produção nacional de calçado português.
Em 2021, durante a pandemia da Covid-19, a indústria do calçado é a atividade industrial envolvida na fabricação de calçado em Portugal, registrou o melhor resultado de sua história, com crescimento das exportações de 12%.
Estes dados fazem do país o décimo primeiro maior produtor mundial, com 2% do total. Esta indústria é uma das que melhor contribui para a manutenção de uma balança comercial portuguesa positiva. O setor importa apenas o equivalente a um terço do que vendem.
A fileira de calçado e artigos de pele em Portugal empregou 40.730 trabalhadores (dados 2022). A indústria portuguesa da moda vai necessitar novos trabalhadores. Já empreendeu um “Roteiro do Conhecimento” pelas escolas do país, de modo a preparar as gerações do futuro.
A maior parte das 2.428 empresas da fileira do calçado estão sediadas no Norte de Portugal. Destacam dois grandes centros de produção: um em Felgueiras e Guimarães, e outro em Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Oliveira de Azeméis. Ambos os centros de produção estão localizados perto da cidade do Porto, que dispõe de boas infraestruturas e acessibilidades.
O Plano Estratégico do Cluster do Calçado 2030 pretende transformar a indústria de calçado na referência internacional e reforçar as exportações portuguesas, aliando virtuosamente a sofisticação e criatividade com a eficiência produtiva, assente no desenvolvimento tecnológico e na gestão da cadeia internacional de valor, assim garantindo o futuro de uma base produtiva nacional, sustentável e altamente competitiva.