Segundo o Instituto Nacional de Estatística de Portugal, desde 2018 até 2022, o salário mínimo em Portugal subiu 21,6%. O país vai ter o maior aumento do salário mínimo de sempre mas a inflação elevada, superior a 9 valores (algo que não se via há 30 anos), vai fazer com que este aumento seja nulo. Isto porque os portugueses perdem cada vez mais poder de compra. Por mês, uma família portuguesa gasta facilmente 277 euros num supermercado.
Os preços elevados praticados em Portugal faz com que muitas famílias, especialmente aquelas que vivem na zona de fronteira, façam as suas compras em Espanha. Para além dos produtos de primeira necessidade, os combustíveis no outro lado da fronteira são mais baratos. Para este ano, o salário vai passar dos atuais 705 euros para 760 euros. Até ao fim do mandato do atual governo, em 2026, espera-se que o salário mínimo em Portugal seja de 900 euros.
Estes e outros valores fazem parte do relatório “Península Ibérica em números / Península Ibérica en cifras” (2022), resultado de uma colaboração entre os Institutos de Estatística de Portugal e Espanha que utiliza maioritariamente como fonte o Eurostat.
Em Espanha, segundo o Instituto Nacional de Estadística de España, o salário mínimo teve uma subida, nos últimos 5 anos, de 35,9%. Atualmente este salário está em 950 euros. Em ambos os países, o risco de pobreza e de exclusão social está acima dos 20% (27,8% em Espanha e 22,4% em Portugal). O Luxemburgo é o país europeu onde se ganha mais. Outro fator muito importante para se ver o bom estado de uma economia é a taxa de desemprego.
Este subiu, no último mês, em Portugal, mas mesmo assim está abaixo da União Europeia. Vários países, como é o caso da Dinamarca ou da Hungria, viram nos últimos tempos esta taxa subir. Portugal está com uma taxa de desemprego de 6,6%. Portugal é dos países onde os jovens tem uma maior dificuldade em arranjarem emprego e ganham pior, comparando com outras nações. Em 2021, Espanha registou a taxa de desemprego mais elevada, com 14,8%.
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