Viseu recebeu no 7 de fevereiro uma “cimeira ibérica” que pretende dar força à criação da ligação ferroviária Porto-Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca-Madrid. Este é o segundo encontro que reúne várias forças de Portugal e Espanha, depois de se ter realizado no início do mês de janeiro, em Salamanca.
Entre os oradores estiveram os presidentes das Câmaras Municipais de Viseu, da Guarda e de Almeida, e dos Alcaldes de Ciudad Rodrigo e Salamanca.
Viseu ha acogido el 7 de febrero el segundo encuentro para el impulso del Transporte Ferroviario del Corredor Atlántico en su tramo ibérico (Oporto-Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca) y su conexión con Madrid para pasajeros y mercancías.
Participaram ainda na “cimeira” a Associação Empresarial de Portugal (AEP), o conselho de administração dos Portos de Aveiro e da Figueira da Foz, o Conselho de Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo APDL SA, o Delegado del Corredor Atlántico y Redes Complementarias, a Associação Empresarial da Região Viseu (AIRV) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
A reunião teve como objetivo dar continuidade ao que se fez em Salamanca e dar eco disso na região, para manter viva esta situação e que as entidades governamentais mantenham o que está no plano ferroviário.
Declaração Institucional para incentivar o Transporte Ferroviário do Corredor Atlântico no Lanço Ibérico e a sua Ligação com Madrid
A 9 de janeiro, em Salamanca, reunimos um conjunto de entidades Portuguesas e Espanholas para promover um impulso Ibérico que sustente o corredor ferroviário Aveiro – Viseu – Guarda – Salamanca.
Reconhecemos, aí, a escassez e a falta de eficiência das ligações ferroviárias com impacto na mobilidade das pessoas e mercadorias entre ambos os países, assim como com o resto da Europa, atrofiando o crescimento económico dos dois Países.
À semelhança do que fizemos aquando da construção do IP5 (“IP5 – Uma rota para a Europa” que evoluiu hoje, dando como consequência a “rede Cencyl”) e, mais tarde, da A25, em que a cooperação entre os dois países foi capaz de ser fortalecida pela ação das instituições e das associações empresariais desta zona do território, dando sustentabilidade à decisão política da construção e ligação dessa importante via, queremos com estes encontros:
- Potenciar a colaboração dos dois Governos com vista à construção da ligação ferroviária Aveiro – Viseu – Guarda – Salamanca;
- Envolver a comunidade e as associações empresariais neste desígnio nacional;
- Criar condições para fortalecer a competitividade das linhas existentes através da otimização dos traçados e da eletrificação integral da rede;
- Alertar os Governos Nacionais para a necessidade de melhorar a interoperabilidade das infraestruturas ferroviárias para conseguir uma circulação fluida e regular de comboios entre Espanha e Portugal.
Neste contexto de necessidade urgente de fortalecer as conexões ferroviárias entre Portugal e Espanha, continua a ser urgente a construção do troço Ibérico do Corredor Atlântico que une os portos portugueses com Espanha e com o resto da Europa através do eixo Aveiro – Viseu – Guarda – Salamanca, assim como a ligação com Madrid.
As Instituições Públicas Locais e Regionais juntamente com as Entidades Empresariais unem as suas vozes para exortar os Governos de Espanha e de Portugal a concentrarem os seus esforços para impulsionar o transporte ferroviário do Corredor Atlântico, salientando a importância estratégica da conexão acima referida na contribuição para o desenvolvimento económico, social e ambiental das nossas regiões e municípios.
Atendendo ao que precede, reforçamos, em Viseu, a declaração conjunta que exorta ambos os governos nacionais a:
- Impulsionar a via de conexão do Corredor Atlântico no troço ibérico (Aveiro – Viseu – Guarda – Salamanca) e a sua ligação com Madrid, por forma a facilitar uma mobilidade eficiente de passageiros e mercadorias por transporte ferroviário entre Espanha e Portugal.
- Garantir a implementação de comboios de alta velocidade nesta conexão ferroviária que permita o desenvolvimento económico regional e gere oportunidades para novas iniciativas empresariais que favoreçam umas perspetivas de futuro renovadas para atrair e fixar população.
- Avançar neste projeto decisivo que beneficiará, não apenas as nossas empresas, mas também o desenvolvimento sustentável e a prosperidade dos nossos territórios.